Na pesquisa pelos objetos que contem/contém histórias das nossas crianças, as roupas chegaram para colocarem em prática as ações de se vestir, como abotoar, por os braços pelas mangas ou a cabeça pela parte de cima da camiseta, provando autonomia. Além disso, puderam verificar também como caiu aquela veste, conferindo a própria imagem no espelho.
Poder escolher uma peça do amigo implica desejar experimentar o que é do outro. E, curiosamente, calçar os sapatos foi a atitude que mais solicitou a cooperação das crianças, validando a expressão being in your shoes, em que literalmente significa vestir os sapatos. Ao mesmo tempo, no seu sentido figurado, colocar-se no lugar do outro, como essa mesma expressão conota, foi a disposição espontânea em ajudar os amigos a se vestirem, principalmente nessa fase da vida em que colocar roupas ainda seja um desafio.
Não obstante, as roupas também trouxeram um desejo em disfarçar-se, aspirar ser o outro, ou, literalmente, agregar mais proteção ao está vestindo para um dia mais frio ou chuvoso, como falou Paola Antonelli curadora do MOMA.
Clothing is about we can afford, what we can aspire to; it’s what the weather is like in certain place; clothes can be armor, disguise, representation of true selfhood. And fashion is the creative design discipline that enables the chameleonic and cultural exchanges” @paolantonelli, senior curator architecture and design on #ItemsMoMa
Em se tratando de moda, vimos as crianças felizes em outros tecidos, dignas de um registro fotográfico, por isso também criamos um pequeno estúdio com as flores Callas e as folhas gigantes da Palmeira-Leque. Nos papéis coloridos, ao fundo, desenhos de vestidos, de sapatos, de calças e de uma meia-calça da Renata Cruz Torres uP 4.
uP 2B team
Naiana, Helen e Regiane.
Link para download das fotos desse relato:
https://drive.google.com/open?id=1da5SHD7Rr44hJS1DYoGPeyTjrSHTZSeT
Comments